Quando Chegámos à Quinta



Chegamos à quinta dos Silva Freitas por volta das onze da noite. Estava tudo tão calmo que se não fossem os ruídos nocturnos da bicharada diria que o universo tinha adormecido. Só Zélia, a caseira deu pela nossa chegada e como já nos conhecia de outra vez que lá tínhamos estado foi ao nosso encontro. Cumprimentou-nos e começou logo por dizer que os patrões estavam na piscina e que lhe tinham dito para nos encaminhar até lá.
Nós não conhecíamos aquele espaço tal como estava agora. A piscina que nós tínhamos visto e da qual tínhamos desfrutado quando lá estivéramos estava agora equipada com uma cobertura amovível que proporcionava uma visão totalmente diferente do lugar.
A Zélia conduziu-nos até à entrada e retirou-se, deixando-nos por nossa conta. Nós olhamos um para o outro e decidimos entrar. Lá dentro, a Sol e o Rogério ainda não tinham dado por nós. Encontravam-se deitados em duas espreguiçadeiras colocadas lado a lado, com uma mesinha de permeio, onde havia bebidas. Vestiam roupões e tinham o cabelo húmido, o que significava que a água estava com uma temperatura adequada para tomar banho.     
Foi a Sol quem primeiro nos viu. Levantou-se e com aquele sorriso jovial que a caracteriza veio até nós de braços abertos para o abraço. Foi nessa altura que percebi como eles estavam à vontade. O roupão dela era absolutamente transparente e por baixo não vestia nada. Olhei para o Rogério e ele estava na mesma. Afinal, não sei do que é que me surpreendia, então não sabia já qual era a sua postura nesse campo?
- Meus queridos, é um prazer imenso receber-vos. – Com aquela espontaneidade todos os meus pensamentos de há um minuto se desvaneceram.
Entretanto, o Rogério também se aproximou e entre as boas vindas e o “fizeram boa viagem?”, já todos estávamos entrosados.
- Talvez seja melhor ir mostrar-vos o vosso quarto para se porem à vontade e virem tomar um copo connosco… - disse a Sol – a não ser que estejam cansados da viagem e queiram ir já descansar.
- Não, não… temos todo o gosto em vir tomar uma bebida convosco. A viagem não foi assim tão cansativa.
Foi o José quem respondeu e perante a resposta, a Sol começou a conduzir-nos por um corredor que ia dar ao hall de entrada e dai subimos a escadaria que dava acesso ao primeiro andar. Mais ou menos a meio do corredor, ela abriu uma porta que disse ser dos nossos aposentos e fez sinal que entrássemos.
- Espero que gostem das instalações. Nós esperamos-vos lá em baixo. – Depois de proferir estas palavras e ainda de dizer que se precisássemos de alguma coisa lhe disséssemos, foi-se embora.
Eu abri a mala à procura de algo adequado para vestir. Tendo em conta o que tinha acabado de ver, estava indecisa.   
- Querido, que achas que devo vestir? – Perguntei ao José.
- Não sei, mas aquela água tentou-me. Eu não vou resistir a um mergulho.
- Isso eu também acho que não, mas não era disso que eu falava.
- Então?
- Não viste como eles estavam… despidos? Não sei se devo ir de biquíni.
- Querida, vai como te sentires bem.
- Isso é o que eu não sei. Se estiver nua provavelmente não me sinto à vontade, mas se estiver vestida com todos nus provavelmente também não.
- Não vais estar nua, vais estar de roupão.
- Sim, mas… tu como é que vais?
- Como tu quiseres, mas acho que devíamos demonstrar que não temos preconceitos em relação à sua postura.
- E não temos, mesmo. Ok, vestimos apenas os roupões sobre o corpo.
Decidida que estava a indumentária, arranjamo-nos e fomos ter com os nossos anfitriões. Continuavam nas suas espreguiçadeiras e tinham colocado mais duas a formar um semicírculo, de modo a que todos pudéssemos conversar frente a frente.
- O que querem tomar? – Perguntou o Rogério, levantando-se em direcção à mesa onde estavam as bebidas. Tinha o roupão aberto, o que deixava a sua nudez completamente exposta, e eu não consegui deixar de olhar o seu pénis. Não era muito grande e era fino. Pensei como seria chupa-lo. Certamente uma experiência diferente da que tinha, pois o do José é grosso. Surpreendi-me a mim própria com estes pensamentos e de repente olhei para o José. Ele parecia que adivinhava o que me ia na mente.
- Eu aceito uma sugestão do barman. – Respondeu à pergunta do Rogério sem despregar os olhos dos meus.
- Para mim, o mesmo. – Respondi também.
- Então vão provar um dos meus cocktails sem álcool, que são de beber e chorar por mais.
Depois deste breve interlúdio, a Sol encetou uma conversa sobre assuntos banais, que nos fez descontrair. Ela é uma optima conversadora e em poucos instantes estávamos relaxados e bem-dispostos.
Quando o Rogério nos entregou os cocktails, bebericamos e elogiamos com sinceridade. Ele sentou-se na mesma espreguiçadeira da Sol e como quem não quer a coisa entornou o copo nas mamas dela. À semelhança dele também ela tinha o roupão aberto e como ficou molhado resolveu despi-lo. Ela tem um corpo escultural – coisa que eu já sabia – e quando reparei no José a aprecia-lo confesso que senti uma ponta de ciúme. Mas logo se desvaneceu. Uma mão suave começou a acariciar-me a vagina, masturbando-me o clitóris. Era uma sensação excitante, que me fez gemer. Quando olhei vi que era ela. Era a Sol que me excitava. Por sua vez o Rogério lambia a bebida que tinha entornado e que tinha escorrido para a cona dela, que já estava toda aberta.
O José ficou a observar tudo aquilo sem se mexer, até que eu vi como o seu pau estava grande e grosso. Não resisti e fui lá chupa-lo. Lambi-o, indo da cabecinha até aos tomates e só depois o meti na boca. Fiz tudo muito devagar, fazendo com que a tesão tomasse conta dos corpos. A excitação de todos crescia cada vez mais e manifestava-se nos gemidos e ais soltos no ar. Nesse momento, comigo a chupar o pau do José, a Sol mudou de posição oferecendo-lhe a vagina dela para ele lamber, ao mesmo tempo que ela mamava o caralho do marido.
Sem o pensar, todos nós participávamos numa espécie de encenação. Percebi que o ménage se pode traduzir como sendo a teatralização do sexo. E confirmei isso mesmo, quando o Rogério se pôs numa pose estudada para lamber a minha cona, enquanto a Sol lhe chupava o pau. Que por sua vez tinha a cona na boca do José, que tinha o caralho na minha boca.
Todos atingimos o êxtase e gemíamos sem controlo. O cheiro a sexo era intenso. Explodimos em orgasmos atingidos um a     um.
No final, saltamos todos para dentro da piscina. Não falámos muito, o momento era de introspecção. E como já era tarde, não tardámos a ir para os quartos.
Eu e o José, já a sós no quarto, estávamos mais cúmplices que nunca. Tínhamos partilhado algo de muito intenso. Fomos tomar duche e depois ele pegou-me ao colo, levando-me para a cama. Em cima de mim, na posição mais convencional de todas, penetrou-me, olhando-me nos olhos e fizemos amor por um longo tempo.


                                                                                     José do Arco e Maria Flor   

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